Jornal Opção
Foto: Reprodução
Os reitores de administração e finanças das universidades federais de Jataí e Catalão (UFJ e UFCat) revelam déficit orçamentário milionário recorrente nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) criadas após 2018, em Goiás. Na UFJ, tanto o déficit de 2023, quanto a previsão de déficit para 2024, é de R$ 2.3 milhões para cada período. Em Catalão, a UFCat iniciou o ano com R$ 3 milhões de déficit, enquanto a previsão de endividamento para 2024 é de R$ 10 milhões.
Essas universidades, conhecidas como supernovas, foram criadas em 2018, após desmembramento da Universidade Federal de Goiás (UFG). Até então, as IFES eram câmpus da UFG. O grande fator de endividamento dessas Universidades é o descompasso orçamentário: além de funcionarem com o mesmo orçamento que recebiam enquanto câmpus de uma outra instituição, ainda não houve previsão orçamentária para implementação das novas universidades.
Nesse sentido, as IFES recém-nascidas funcionam sem atenção especial para sua implementação efetiva. Novos prédios, modificações no sistema operacional, contratação de novos servidores e expansão das políticas de assistência estudantil são necessidades de uma nova universidade que se somam aos gastos cotidianos das instituições, todos custeados com o mesmo orçamento que recebiam enquanto eram câmpus da UFG.
Essa situação gera endividamento crônico das instituições, que sempre iniciam um ano com dívidas do período anterior, o que acaba por comprometer o ensino, a pesquisa e a extensão dessas IFES. Enquanto isso, o Governo Federal anuncia a expansão da rede de Institutos Federais, ignorando as necessidades orçamentárias para a implementação das Universidades Supernovas.
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