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PF investiga suspeitos de contrabandear de produtos químicos para batismo de cocaína em GO e MS (Foto: Divulgação - PF)
A Polícia Federal iniciou a Operação Galopeira, na manhã desta quinta-feira (1°), para investigar um grupo suspeito de contrabandear produtos químicos controlados do Paraguai para que fossem utilizados na adulteração de cocaína, processo conhecido como “batismo”. No total, agentes cumprem 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Trindade e Rio Verde, bem como também na cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
A operação também resulta na apreensão de bens e no congelamento de contas bancárias dos supostos envolvidos.
Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas e contrabando, cujas penas mínimas somadas atingem 10 anos de reclusão.
“Batismo” de cocaína
De acordo com a investigação, os suspeitos já eram conhecidos das polícia pois possuíam antecedentes criminais por contrabandearem agrotóxicos e cigarros. Entretanto, ao analisar a ficha criminal dos indivíduos, a polícia notou que alguns passaram a trafica produtos químicos controlados, provenientes do Paraguai.
Segundo a PF, esses produtos químicos tinham em suas embalagens as siglas das substâncias verdadeiramente contidas em seu interior (“F” – Fenacetina, “L” – Lidocaína e “K” – Cafeína). Entretanto, eram transportados em embalagens de agrotóxicos, como estratégia de defesa no caso de prisão em flagrante.
Isso porque, apesar da importação de agrotóxico também configurar crime, a pena é bem inferior à do tráfico internacional de drogas. Ou seja, no caso de apreensão, os criminosos afirmavam que estavam transportando somente agrotóxicos e que desconheciam a existência de produtos químicos em meio à carga.
Quando chegavam em solo brasileiro, os insumos eram vendidos a narcotraficantes e utilizados no “batismo de cocaína”. Os agentes explicam que essas substâncias também possuem a forma de pó branco e causam efeito anestésico ou estimulante do sistema nervoso central. Em razão disso, são misturadas à cocaína pura, permitindo que o traficante aumente o volume da droga e, ao mesmo tempo, dê ao usuário a falsa sensação de que está adquirindo uma droga de “boa qualidade”.
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