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Pequi em pó: pesquisa da UFG desenvolve variação do fruto para ser usada na culinária e na indústria farmacêutica

O pó pode ser usado na gastronomia e também na indústria farmacêutica



G1-Goiás




Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, desenvolveram uma técnica inédita para transformar a polpa de pequi em pó. Segundo um dos pesquisadores e professor titular da Escola de Agronomia da Universidade, Flávio Alves, a variação mantém a cor amarela característica do pequi, além do sabor. O pó pode ser usado na gastronomia e também na indústria farmacêutica.


Flávio Alves afirmou que o sabor do pequi fica um pouco mais suave, algo que pode agradar mais aos paladares.


"Portanto, é mais fácil de ser aceito pelo consumidor, uma vez que muitos não conseguem interpretar o sabor exótico do pequi ao consumi-lo na forma tradicional", afirmou.

Além de facilitar o armazenamento e transporte do alimento, Flávio também destacou as aplicações da novidade para fins cosméticos na forma de hidratantes, protetores solares e cremes anti-idade. O pequi em pó também pode ser usado em suplementos alimentares, como em cápsulas com propriedades antioxidantes e outras benéficas à saúde.


Segundo Flávio, a substância também pode ser usada para fins farmacêuticos, auxiliando no tratamento de inflamações e distúrbios metabólicos.


Além de Flávio, o time de pesquisadores também é formado pelo professor e pós-doutorado em ciência e tecnologia de alimentos, Júlio César, e pelo engenheiro de alimentos e mestrando do programa de pós-graduação em ciência e tecnologia de alimentos, Roberto Braz.


Como é produzido


De acordo com a Universidade, o pó é feito por meio de um processo de secagem chamado "spray drying". Trata-se do mesmo procedimento utilizado para fazer o leite em pó, onde uma mistura líquida da fruta é pulverizada em uma câmara com ar quente, formando pequenas gotículas que rapidamente secam e se tornam o pó.


Ainda segundo os pesquisadores, outras frutas também estão sendo transformadas em pó, como o jambo.


Benefícios e objetivos da pesquisa


De acordo com os pesquisadores, a criação do produto promove a valorização da biodiversidade nativa, além de incentiva o uso responsável dos recursos naturais e redução do desperdício, já que a vida útil do alimento também é aumentada.


Além disso, eles destacaram que a pesquisa estimula a bioeconomia, um modelo econômico que utiliza recursos biológicos de forma sustentável, e facilita o acesso a ingredientes funcionais e saudáveis à sociedade.

 
 
 
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