Segundo o delegado, o grupo fazia uma manobra com uso de selos cartórios em cópias autenticadas. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.
G1-Goiás
Polícia Civil cumpriu mandatos de prisão e busca e apreensão em Goiânia e Anápolis, Goiás — Foto: Divulgação/PCGO
Um ex-servidor público e três despachantes foram presos suspeitos de fraudes em documentos de transferências de veículos, nesta quinta-feira (14). Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o ex-servidor trabalhou no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) prestando serviços em unidades do Vapt Vupt em Goiânia. Ele e dois despachantes foram detidos na capital enquanto o quarto suposto envolvido foi preso em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), delegado Alexandre Netto, em entrevista à TV Anhanguera, explicou como agiam a suposta associação criminosa na capital e em Anápolis.
“Eles autenticavam cópias, retiravam os selos cartorários, colocavam os selos novamente no documento oficial e esse documento era submetido ao Detran para que fosse feita a transferência do veículo,” disse Alexandre Netto.
O Detran-GO, por meio de nota, informou que tem comunicado "práticas criminosas realizadas por servidores ou permissionários credenciados" à polícia. "Dezenas de outras denúncias já foram encaminhadas e devem resultar em novas operações policiais", antecipou o órgão.
De acordo com o delegado, a polícia chegou ao grupo após suspeitas levantadas a partir de 2021. Alexandre Netto lembra que no período algumas pessoas foram indiciadas por uso de documentos falsos.
“O que conseguimos apurar é que grande parte das pessoas que faziam usos desses documentos procuravam esses despachantes, justamente, porque elas buscavam essas falsificações”, destaca o delegado.
Alexandre Netto acrescenta que os próximos passos da operação será apurar “outros documentos que foram utilizados e outras pessoas que fizeram uso destes documentos falsos”. “Na realidade, esses selos que nos documentos constavam como de reconhecimento de firma, eram selos de autenticação de cópias”, pontuou.
Por enquanto, conforme o delegado, a polícia não soube estimar qual foi o valor do prejuízo causado pelo grupo aos cofres públicos.
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