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Operação mira empresas suspeitas de sonegar R$ 478 milhões em impostos

Ação é realizada em Goiás e mais cinco estados


Jornal Opção

Policiais civis realizam operação Reciclo | Foto: PC/DF


Batizada de Operação Reciclo, uma ação Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com policiais de mais cinco estados cumpre de 27 mandados de busca e apreensão contra um grupo acusado de sonegar milhões em impostos.


A investigação indicou a existência de um esquema praticado por empresas de recicláveis, que atuam em Goiás, Brasília, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia. Foi apurado que o grupo empresarial se utilizaria de empresas de fachada para emissão de notas fiscais frias e circulação de dinheiro proveniente de ilícitos tributários.


Essas empresas se vinculavam as empresas existentes, tinham seus quadros societários constituídos por “laranjas” com padrões de vida incompatíveis aos movimentados pelas respectivas empresas de fachada. A investigação apurou que a dívida tributária atualizada decorrente do esquema causou um prejuízo de R$ 478.624.920,13.


A polícia destacou que a utilização de laranjas nos contratos sociais das empresas de fachada tem o intuito de blindar os reais proprietários do grupo empresarial, também atuante no ramo de reciclável, que se beneficiam do esquema na constituição de crédito fiscal podre, não realizando o pagamento do imposto devidos ou se aproveitando dos créditos tributários, em substituição tributária, advindos da simulação/dissimulação de atos.


A investigação apontou ainda que o grupo criminoso está atuando há aproximadamente uma década no Distrito Federal e há oito inquéritos em curso apurando as práticas criminosas deste grupo. Além das buscas, foi decretado o sequestro/bloqueio de valores custodiados em contas bancárias vinculadas aos investigados, além da apreesão de vários veículos.


Participaram da ação de hoje cerca de cem policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, contando com apoio operacional de policiais do Departamento de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR_LD) da PCRN, da Delegacia dos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (DECECAP/DRACO) da PCBA, da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Frutal/MG, da Delegacia de Investigações Gerais de Jundiaí/SP (DIG), da Delegacia Seccional de Polícia de Rio Claro/SP, da Segunda Delegacia de Polícia de Anápolis/GO, da Delegacia de Polícia de Silvânia/GO e da Polícia Civil com autuação no CIRA/MG.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal), Lavagem de Dinheiro (art. 1° da Lei 9613/98), Sonegação Fiscal (art. Art. 1º, I e II, c/c o Art. 12, I, ambos da Lei nº 8.137/90), uso de documento falso (art. 304 do Código Penal) e Falsidade Ideológica (art. 299 do Código Penal); e, caso condenados, podem pegar até 30 (trinta) anos de prisão.

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