André Bernardo foi preso por meio do mesmo mandado de prisão cumprido incorretamente em 2022, segundo a defesa. Mecânico teve documentos roubados usados por criminoso que morreu em 2016.
G1-Goiás
Mecânico André Bernardo Rufino Pereira foi preso injustamente pela segunda vez no lugar de um homem morto — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O mecânico André Bernardo Rufino Pereira foi preso injustamente pela segunda vez no lugar de um criminoso morto. Anos antes, os documentos do mecânico foram roubados e usados pelo homem no Maranhão. Um vídeo mostra o momento da prisão, que aconteceu na quinta-feira (23), enquanto ele trabalhava em Goiânia.
“Ele já foi inocentado, estou achando até estranho isso aí. De novo? Na época tinha até uma divergência [...] Cara tinha tatuagem ”, argumentou Carlos Eduardo, chefe de André na oficina.
A defesa de André informou que ele foi detido por conta de um erro da Justiça do Maranhão. Em nota, a 1ª Vara de Entorpecentes do Estado do Maranhão detalhou que houve uma duplicidade no cadastro de André no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).
Segundo a Justiça do Maranhão, o Sistema Prisional de Aparecida de Goiânia sabia da duplicidade e entrou em contato para verificar a autenticidade e evitar a prisão indevida e que já havia um alvará de soltura em favor do André.
Segundo o advogado de defesa Humberto Vasconcelos Faustino, André foi preso por meio do mesmo mandado de prisão cumprido incorretamente em 2022. A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) confirmou que foi emitido o alvará de soltura do mecânico. Ele ficou preso por 7 horas. Da primeira vez, em 2022, foram 16 dias na prisão.
“Dessa vez a gente conseguiu demonstrar ao Tribunal de Justiça do Maranhão que esse mandado de prisão tinha sido cumprido outra vez e, segundo a servidora que me atendeu, ela reconheceu que estava em duplicidade”, informou a defesa de André.
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