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Denunciados foram condenados pelos crimes de feminicídio e homicídio por motivo torpe. De acordo com a sentença, o crime, que ocorreu em 2022, foi cometido por vingança.
G1-Goiás
Ana Beatriz Santos Barbosa, encontrada morta em Novo Gama — Foto: Montagem/g1
O jovem e o amigo denunciados pela morte de Ana Beatriz Santos Barbosa, foram condenados pela morte da jovem, que foi encontrada carbonizada em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal (DF). De acordo com a decisão da Justiça, os amigos foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado por feminicídio e homicídio por motivo torpe.
A sentença foi divulgada na última quarta-feira (23). O crime ocorreu em julho de 2022.
Ainda de acordo com a sentença, o jovem condenado pelo crime de feminicídio, que na época do crime tinha 19 anos, deve responder a 26 e 9 meses de prisão. Já o amigo, que na época tinha 26, foi condenado a 15 anos, ambos em regime fechado.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima e os condenados se conheceram no município de Paracatu, em Minas Gerais (MG). O jovem e a vítima viveram um relacionamento amoroso que chegou ao fim por ciúmes do condenado, que começou a ameaçar a vítima de morte após o término.
Relembre o caso
O corpo de Ana Beatriz Santos Barbosa, de 21 anos, foi encontrado carbonizado em uma mata em Novo Gama, cinco dias após ela desaparecer em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
A mãe do jovem de 19 anos chegou a ser indiciada pela Polícia Civil, que acreditou que ela teria orientado o que os dois denunciados fariam com o corpo, após a morte. No entanto, ela não foi denunciada pelo MP.
De acordo com o processo, Ana foi morta com um tiro na nuca e a mulher orientou que os rapazes destruíssem o cadáver. O delegado explicou que as falanges dos dedos foram retiradas, para dificultar a identificação.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Taylor Brito, a polícia trabalhou com duas linhas de investigação para apurar como aconteceu o crime e quais seriam as motivações.
“A principal linha é que o crime foi por vingança, porque a vítima estaria supostamente envolvida com a morte de um homem em Paracatu (MG), filho da mulher e irmão de um dos presos. A mulher que orientou o crime e falou para fazerem uma espécie de ritual”, explicou o delegado.
A segunda linha de investigação indicou que, na verdade, o rapaz de 26 anos que seria o autor do assassinato do irmão do amigo, de 19.
“Deu a entender que a vítima, antes de morrer, relatou detalhes do fato e disse que quem matou o rapaz seria o homem de 26 anos. Aí surgiu a motivação: o de 19 queria matá-la porque achava que ela matou o irmão dele. O de 26 queria matá-la como queima de arquivo, porque só ela saberia que ele teria assassinado o irmão do amigo”, explicou Taylor.
Crime e prisões
Segundo o delegado, no dia 10 de julho deste ano, a família de Ana Beatriz registrou o desaparecimento da jovem em Valparaíso de Goiás. O corpo foi encontrado cinco dias depois e comprovado após coleta de DNA da família.
Conforme divulgado pela polícia, o homem de 26 anos e a vítima chegaram a ter um relacionamento. O delegado acredita que, com essa proximidade, os dois chamaram Ana para sair e em seguida, a mataram.
Veja a linha do tempo do crime e das prisões, conforme informações da polícia.
10 de julho: Família registra desaparecimento em Valparaíso de Goiás.
15 de julho: Corpo de Ana Beatriz é encontrado em Novo Gama.
20 de julho: O rapaz de 26 anos é preso em Novo Gama, após uma operação entre a Polícia Civil de Goiás e Minas Gerais e Polícia Militar. Inicialmente, ele foi detido por porte ilegal de armas e um roubo cometido em Paracatu, Minas Gerais. Em agosto, a polícia descobriu o envolvimento dele com a morte de Ana Beatriz.
13 de setembro: Mais um mandado de prisão do homem de 26 anos foi expedido. Mas, como ele já estava preso, o crime foi apenas “adicionado”.
23 de setembro: A polícia recebeu informações de que o jovem de 19 anos estava em Minas Gerais. Em parceria com a PC-MG, ele foi preso.
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