A principal redução diz respeito ao Banco Pan, contra quem as denúncias caíram de 721 para 444. Ou seja: 62%.
O número de denúncias relacionadas à cobrança de empréstimos consignados não autorizados em bancos digitais diminuiu em Goiás. Entre janeiro e setembro deste ano, foram 679 denúncias. No mesmo período do ano passado, foram 948.
A principal redução diz respeito ao Banco Pan, contra quem as denúncias caíram de 721 para 444. Ou seja: 62%.
Ao contrário do Banco Pan, o C6 Bank teve um pequeno aumento. Em 2021, foram contabilizadas 227 denúncias, já neste ano são 235 registros de empréstimos concedidos sem autorização.
Golpe do empréstimo
Apesar da diminuição, o Procon faz o alerta para a prática que afeta, principalmente, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Eles são abordados por telefone pelos correspondentes bancários desses dois bancos, que afirmam que o idoso tem um valor significativo para receber referente à sua aposentadoria ou outro benefício do INSS. Depois, instigam as vítimas a dizer “aceito” e a enviar uma foto, onde concordam em receber o dinheiro.
A partir disso, é gerado um contrato mesmo que o idoso não tenha assinado. Após a validação, o aposentado recebe de R$ 10 mil a R$ 40 mil em suas contas bancárias com o desconto mensal de parcelas dos vencimentos, o que compromete a renda básica.
Quando descobrem que se trata de um empréstimo consignado e que foram lesados, os idosos entram em contato com os bancos digitais para tentar cancelar o empréstimo, mas os correspondentes passam uma conta de terceiros, que não esteja vinculada a nenhum dos dois bancos, para que o aposentado estorne o dinheiro. Assim, o idoso acredita que devolveu o valor, mas a quantia foi depositada na conta de outra pessoa.
Além de acionar o Procon, a orientação é que o consumidor procure a Delegacia do Consumidor (Decon) e recorra à justiça, que pode até gerar uma ação de indenização por danos materiais e morais. Ressalta-se aos consumidores que desconfiem de qualquer anúncio de dinheiro inesperado.
“São pessoas que estão totalmente fragilizadas, precisando de renda, e se tornam alvo fácil para empresas que agem com má-fé. Estamos presenciando diariamente esses casos na sede do Procon Goiás. São pessoas que têm sua renda de apenas um salário mínimo comprometida e sequer têm dinheiro às vezes para comprar alimentos e remédios”, afirma o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio.
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