Marcela teve traumatismo craniano e oito costelas quebradas, além de outros ferimentos pelo corpo. Fisiculturista levou a mulher inconsciente para hospital e disse que ela tinha caído em casa.
G1-Goiás
Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher - Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O fisiculturista Igor Porto Galvão, acusado de matar a companheira, Marcela Luise de Souza Ferreira, alterou a versão dos fatos e afirmou à Justiça que a empurrou durante uma briga - assista acima o vídeo divulgado pela TV Anhanguera. Inicialmente, ele havia alegado à Polícia Civil que Marcela tinha caído.
""Ela foi lá na sala limpar onde os cachorros 'mijavam'. Eu deixei meu computador aberto, e ela mexeu na minha busca, olhou minhas mensagens e teve um ataque de histeria. Do nada, ela começou a me estapear. Eu dei um grito, empurrei ela; ela escorregou, bateu a cabeça na parede, depois no chão. Assim que caiu no chão, começou a convulsionar.", disse Igor Galvão durante audiência.
O crime ocorreu no Parque São Pedro, em Aparecida de Goiânia. Marcela foi internada em uma unidade de saúde no dia 10 de maio e morreu no dia 20 do mesmo mês. Dez dias depois, em 30 de maio, Igor Porto Galvão se tornou réu pelo crime.
Sobre a mudança de versão, a defesa de Igor Porto Galvão declarou que se manifestará apenas no processo. À época, os advogados dele lamentaram a morte de Marcela e afirmaram que buscariam "medidas cautelares" em substituição à prisão.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, o promotor de Justiça relatou que a vítima e o denunciado mantinham uma união estável há 9 anos e tiveram uma filha, atualmente com 5 anos. Segundo o MP, o relacionamento foi marcado por agressões físicas, verbais e psicológicas, além de traições por parte do denunciado.
Igor foi denunciado por homicídio com quatro qualificadoras:
Motivo fútil: O homicídio foi cometido por um motivo insignificante ou desproporcional.
Meio cruel: O crime foi cometido com uso de meios que causam sofrimento excessivo ou prolongado à vítima.
Recurso que impossibilitou a defesa: A vítima foi atacada com meios que impedem ou dificultam a defesa.
Contra a mulher: Homicídio cometido contra uma mulher em contexto de violência doméstica e familiar, ou em razão da condição de sexo feminino, configurando feminicídio.
Conforme a denúncia, após as agressões e com o intuito de evitar a punição, Igor deu banho na mulher e, com ela desfalecida, a levou a um hospital, alegando que ela teria sofrido um acidente doméstico.
Segundo a delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, a polícia foi chamada pelo hospital. “Ele disse à equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu.
De acordo com ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde ela foi imediatamente encaminhada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.
Comments