Órgão aponta omissão em folha de pagamento
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Alex Gama, Alisson Borges e Rodolpho Bueno: três ex-presidentes da Comurg na mira do MP (Foto: Divulgação)
Três ex-presidentes da Comurg, sob Rogério Cruz (SD), são alvo de ação de improbidade admnistrativa ajuizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). São eles: Alisson Silva Borges, Alex Gama de Santana e Rodolpho Bueno Arantes de Carvalho. A medida decorre da omissão no envio de informações sobre a folha de pagamento e os dados de pessoal ao MPGO e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) entre 2020 e 2024.
A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Goiânia, conduziu o inquérito que originou a ação. De acordo com ela, a ausência de prestação de contas resultou em uma decisão do TCM que converteu o processo em tomada de contas especial, visando apurar e ressarcir danos ao erário. Além disso, o tribunal aplicou a sanção de inabilitação para o exercício de cargos públicos por cinco anos a Alisson Borges e Alex Gama.
Detalhes da ação de improbidade administrativa
A promotoria detalhou as omissões de cada ex-presidente da Comurg no envio das informações obrigatórias:
Alex Gama de Santana: não apresentou contas de abril de 2021 a março de 2022;
Alisson Silva Borges: omitiu dados de março de 2022 a dezembro de 2023;
Rodolpho Bueno Arantes de Carvalho: não prestou contas durante o ano de 2023.
Leila Maria de Oliveira destacou que os três gestores foram formalmente notificados, mas permaneceram inertes. A omissão impediu uma análise detalhada de supersalários e outras irregularidades relacionadas à gestão de pessoal, configurando violação aos princípios da administração pública.
A promotoria solicita que os ex-dirigentes sejam condenados nos termos do artigo 11, com as seguintes penalidades:
Pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração recebida;
Proibição de contratar com o poder público por até quatro anos;
Proibição de receber benefícios fiscais ou creditícios pelo mesmo período.
Relembre a passagem dos ex-presidentes pela Comurg
O engenheiro Alex Gama participou do início da administração e assumiu a cadeira quando o MDB decidiu romper com o grupo do Republicanos, então partido de Cruz. Ele entregou o cargo após um ano frente ao órgão.
Quem o substituiu foi Alisson Borges que ganhou destaque ao deixar o Comurg em meio a um escândalo: uma operação da Polícia Civil encontrou R$ 431 mil em espécie em sua residência. Ele alegou perseguição política e afirmou que o montante foi declarado à Receita Federal.
Após sua saída, candidatou-se a vereador pelo Democracia Cristã (DC) nas eleições de 2024, mas não conseguiu ser eleito. Ele foi substituído por Rodolpho Bueno, que ocupava a vice-presidência e permaneceu até o final da administração.