A equipe foi acionada, via COPOM, depois de caminhoneiros verem uma mulher pedindo socorro às margens da GO-306.
Força Tática do 46°BPM
Aos 09 dias de agosto de 2024, a equipe de Força Tática do 46º BPM, composta pelo SD Arantes, SD Amaro e SD Ryan, foi acionada via COPOM para averiguar denúncias sobre uma mulher na rodovia estadual GO - 306, que da acesso a Chapadão do Céu, que estava pedindo socorro para vários veículos que passavam pela rodovia.
As ligações informavam sobre a presença de um casal à beira da estrada, próximo a um carro estacionado no acostamento, onde uma mulher estava pedindo por socorro e aparentemente estava amarrada. No entanto, os motoristas não pararam por receio da situação.
Diante dessas denúncias, a equipe de Força Tática foi prontamente empenhada via COPOM e deslocou-se até o local mencionado para averiguar a situação. Ao chegar ao local, a equipe deparou-se com um veículo Corolla, de cor preta, preso em um buraco fora da pista, com o pisca-alerta ligado.
Próximo ao veículo, estava o condutor, identificado como R. L. S. S. e mais duas pessoas identificadas sendo S. S. R. e R. S. C..
A equipe então procedeu à abordagem e, ao indagar R. sobre a situação, ele afirmou que sua mulher havia saído do carro durante uma discussão, pelo motivo de ela tê-lo traído, e tomado rumo ignorado.
A equipe procedeu com a busca e identificação veicular, onde notou a presença de um pedaço de corda no banco de trás, uma faca ao lado do banco do motorista, uma sandália feminina no assoalho do banco do passageiro e uma garrafa de cerveja pela metade no porta copos central. No porta-malas, foram encontradas várias garrafas de cerveja junto a uma caixa térmica, indicando que R. possivelmente havia consumido bebida alcoólica, confirmado pelo seu odor etílico e pelos olhos avermelhados.
Achando suspeita a presença dos sapatos femininos, da faca e da corda, junto com a denúncia que havia sido feita sobre uma mulher pedindo socorro na rodovia, a equipe iniciou uma varredura pelo local. Próximo ao veículo foi encontrada uma blusa de frio jeans feminina, perto de uma área de mata com sinais de amassamento e trilhas, típicos de passagem humana. A equipe então continuou a varredura pelo local juntamente com S. e R. em busca de encontrar a esposa de R.
Em determinado momento, o sr. R. informou que a vítima havia ligado para o telefone de sua esposa, informando que estava escondida em meio ao mato e que não havia saído por medo. A equipe então orientou o sr. R. S. C. a pedir para que a vítima informasse sua localização exata para que pudessem encontrá-la. Pouco tempo depois, a vítima veio ao encontro do carro do sr. R. S. C. e da sra. S. S. R. e da equipe de Força Tática.
A vítima, identificada como sra. K. K. S., encontrava-se bastante abalada, em estado de desespero, chorando intensamente e pedindo por ajuda, abraçando constantemente a sra. S. S. R.
A sra. K. K. S. relatou que convive com seu marido, o sr. R., há 11 anos, e que ele é muito ciumento. Ela mencionou que nos últimos dias ele estava se comportando de maneira estranha, chegando a mencionar que sentia medo dele. A vítima relatou que R. já havia feito ameaças indiretas, insinuando que faria algo violento.
Na data de hoje, R. a chamou para sair e a levou a um bar para beber com alguns de seus amigos. Durante esse momento, ele proferiu diversas frases ameaçadoras, como, por exemplo, dizendo que hoje seria a última vez que ela veria seus filhos.
Relata também que, inicialmente, ele parou o veículo na saída da cidade, em uma estrada vicinal que dá acesso à GO-341, onde afirmou que, se ela não falasse a verdade, ele a mataria. K. então afirmou que não havia feito nada do que ele estava pensando e sugeriu que poderiam ir até a casa de uma colega de serviço para provar sua inocência.
Em seguida, seguiram até a GO-309, local onde, segundo K., R. parou o carro e desferiu socos em sua cabeça e peito, além de jogar seu telefone pela janela do carro. Nesse momento, K. desceu do carro, mas R. a seguiu, empunhando uma faca. Ele a segurou, colocando a faca em seu pescoço e dizendo que iria matá-la ali (tais atos causaram um pequeno corte em seu pescoço e um hematoma roxo na parte superior do peito esquerdo).
Durante esses atos de violência, K. relatou que um caminhão passou pela rodovia, momento em que R. tentou esconder a faca do caminhoneiro. K. então correu em direção ao caminhão, que não parou para ela. Ela então correu em direção ao mato, sendo perseguida por R., mas ele não conseguiu alcançá-la em meio à vegetação.
Diante dos fatos mencionados, a equipe realizou a condução das partes até o 46º BPM para confecção do RAI e demais documentações pertinentes, e, após isso, apresentou as partes envolvidas e os objetos apreendidos na Delegacia de Polícia Civil de Mineiros para os procedimentos cabíveis.
Força Tática do 46º BPM
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