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Delegado que foi acusado de estuprar miss trans é absolvido pela Justiça

Provas não foram suficientes para comprovar o crime sexual, conforme a decisão. Ministério Público manifestou o interesse de recorrer da sentença, segundo a defesa da jovem.



G1-Goiás

Delegado Kleyton Manoel Dias — Foto: Reprodução/TV Anhanguera



O delegado Kleyton Manoel Dias foi absolvido pela Justiça das acusações de dirigir bêbado e estuprar uma miss trans, na época com 23 anos, em Goiânia. Segundo a sentença, as provas não foram suficientes para comprovar o crime sexual e a embriaguez no volante.

“Há elementos para indicar que houve uma relação consentida; porém, ainda que um pouco menos fortes, também há elementos que se inclinam para a prática de violência sexual”, escreveu o juiz.

Por isso, restando dúvida se o ato sexual foi ou não consentido pela jovem, o juiz decidiu pela absolvição pela insuficiência de provas, e não pela ausência de materialidade, como sustentado pelo acusado. A decisão foi divulgada em exclusividade pela TV Anhanguera nesta segunda-feira (16).


Sobre a acusação de dirigir bêbado, apesar do delegado ter afirmado que bebeu duas doses de whisky na data do fato, não há prova que confirme que o consumo foi suficiente para configurar crime, segundo a sentença.


O Ministério Público do Estado de Goiás informa que vai recorrer da sentença que absolveu o delegado Kleyton Manoel Dias da imputação dos crimes de estupro e embriaguez ao volante. Para a promotoria, existem provas claras e robustas a respeito da materialidade dos dois delitos.


Em nota, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) informou que, até o momento, não foi notificada da decisão judicial.


Sentença


O laudo de exame de corpo de delito atestou que houve um ato sexual, que pode ser relacionado ao crime. Além disso, o exame mostrou também que a vítima tinha lesões que poderiam ser de uma relação consentida ou não.


A sentença descreve que os laudos da perícia concluíram que não houve danos nas roupas da vítima. Essa informação levantou dúvidas por parte do juiz se as peças foram arrancadas a força ou não.


Além disso, a perícia mostrou que o acusado não tinha lesões, o que favoreceu a tese de que o ato pode ter sido consentido. A perícia também não encontrou sinais de violência no carro onde teria acontecido o crime.


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