Assim como o de urbanos, o número de incêndios florestais também teve alta em 2024, na comparação com 2023
Jornal Opção
Incêndio em indústria de Ceres, em dezembro deste ano | Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros de Goiás atuou no combate de mais de 12 mil incêndios urbanos entre janeiro e dezembro deste ano. Conforme boletim estatístico divulgado pela corporação, atualizado no último dia 9 de dezembro, foram 12.202 ocorrências do tipo, contra 10.420 registradas ao longo 2023. O número representa um aumento de 17% em relação ao ano passado nos incêndios ocorridos dentro de cidades.
Assim como o de urbanos, o número de incêndios florestais também teve alta em 2024, na comparação com 2023. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram 2.030 ocorrências do tipo em Goiás no ano passado. Neste, mesmo sem o boletim fechado de ocorrências, os incêndios florestais já estão em 3.971.
Em entrevista recente, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Goiás, coronel Washington Luiz Vaz, Júnior, o número de incêndios registrados em Goiás neste ano foi o pior da história. “Havíamos atingido, em outros anos, a média de 10 e 11 mil ocorrências, mas não havíamos chegado a 12 mil. E é válido ressaltar que esse número se refere somente às ocorrências de incêndio em vegetação. Vivenciamos uma seca que foi um verdadeiro desastre”, afirmou.
O coronel ainda se referiu a 2024 como um “ano de grandes desafios para as corporações dos Bombeiros em todo o País”, com chuvas intensas e irregulares e períodos de seca severos. “Os cientistas já estavam cientes e alertavam que teríamos uma seca muito severa, mas é difícil medir o impacto dela. Contudo, é possível afirmar quando será uma seca longa e forte, conforme previmos. E assim aconteceu. Esse período de estiagem se prolongou muito mais do que costumávamos ver, e tivemos um calor muito diferente, com baixíssima umidade. Em Goiás, chegamos a ter umidade do ar zero, clima de deserto”, arrematou.
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