Mesmo com decisão favorável ao lateral, que pode recuperar o dinheiro investido, a defesa de William Bigode irá recorrer
Metrópoles
A Justiça foi favorável ao lateral-direito Mayke, do Palmeiras, no processo movido contra Willian Bigode, atualmente atleta do Santos, no caso das criptomoedas. O processo tramita desde 2022 ainda cabe recurso. A decisão assinada pelo juiz Christopher Alexander Roisin, do Tribunal de Justiça de São Paulo declarou que Mayke tem o direito de receber mais de R$ 4,5 milhões que investiu.
Além disso, a defesa do atleta do Palmeiras também pede indenização no valor de mais de R$ 3,2 milhões pelo rendimento prometido, ultrapassando R$ 7,8 milhões somados.
“Reconhecida a existência de fraude, é necessário declarar a nulidade do contrato celebrado entre partes, com o retorno delas ao estado anterior que impõe o ressarcimento dos aportes com correção monetária e juros moratórios desde o desembolso, admitida a compensação com os rendimentos resgatados”, diz o trecho da decisão assinada por Christopher Alexander Roisin.
Na decisão, o magistrado alegou que o valor solicitado não poderia ser ressarcido integralmente por conta se tratar de uma fraude em que a rentabilidade prometida não seria cumprida. Cristopher Alexander Roisin ainda destacou uma falta de cautela por parte das vítimas ao assinarem o contrato.
“A rigor, ambas as partes agiram em fraude à lei. O consumidor que pretendeu realizar investimento de risco com garantias inverossímeis de retorno para multiplicar seu patrimônio, ainda que por orientação negligente e imperita da consultoria financeira e a ré Xland que desenvolveu estrutura contratual para se livrar dos controles do mercado financeiro, realizando investimento de terceiros em seu nome, sem o cumprimento dos princípios que governam o mercado de capitais”, apontou.
Mesmo com a defesa dos réus alegando que a negociação era de alto risco e de que Mayke e a esposa são investidores capazes de aplicar grandes valores, o juiz se utilizou do argumento presente Código de Defesa do Consumidor, argumentando que o jogador e a mulher não tinham conhecimento técnico suficiente sobre mercado financeiro.
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