“Não tem arrego”. Estas foram as palavras proferidas por diretores, secretários e professores da rede estadual de educação durante protesto realizado na manhã desta sexta-feira, na sede da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce). Trabalhadores entregaram à secretária Fátima Gavioli uma carta manifesto em que cobram pagamento imediato dos profissionais ativos e inativos referente ao mês de dezembro, além do piso salarial e transparência da gestão.
Segundo manifestantes, a situação real não corresponde ao que aponta Gavioli. “Estão falando por aí que os professores estão sendo pagos. Isto é mentira. No colégio em que trabalho, em Acreúna, somente sete pessoas receberam, mas nós somos mais de 50 profissionais. Tenho colegas que estão sem energia, sem água e até sem o que comer. É triste ver como somos tratados neste estado”, lamentou a professora e diretora escolar, Clarice Maria Magalhães.
Um professor, que não quis ser identificado, relatou à reportagem como tem vivido sem o pagamento. “Minhas contas estão em atraso, os juros estão aumentando, está tudo desordenado e não posso fazer nada sem o dinheiro que é meu por direito. Não recebi salário em dezembro e o 13° não foi pago”, contou. Ele criticou ainda a forma como os profissionais foram tratados na Seduce. “Não estamos quebrando, nem destruindo nada. Queremos dialogar, cobrar explicações, mas nos tratam como bandidos, nos impedem de entrar nas dependências da Secretaria”, disse.